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Esse blog tem como objetivo de falar um pouco sobre o Marketing, e mostrar o papel fundamental que ele possui.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Estudo mostra relação das crianças com aparelhos tecnológicos

Pesquisa diz que 57% das crianças enrte 5 e 9 anos já usaram computador

Por Thiago Terra, do Mundo do Marketing | 08/10/2010
thiago@mundodomarketing.com.br
As crianças não acessam tanto a internet como muitos acreditam. Um estudo feito pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) com crianças brasileiras entre 5 e 9 anos mostra que 57% das que já usaram um computador, 28% acessaram a web. Vinte por cento delas aprenderam a manusear a máquina na escola e 16% tiveram os pais como professor.
Na prefências dos pequenos entre os aparelhos tecnológicos, o celular é um objeto que faz parte do cotidiano de 14% das crianças que participaram do estudo e 65% delas já usaram um celular. Entre as funcionalidades do telefone móvel, os jogos representam 88%, enquanto 60% das crianças preferem ouvir música.
O uso do computador pelas crianças é destinado a desenhar (80%), escrever textos (64%) e ouvir música (60%). Já a internet é usada por 97% dos pequenos para jogar e 55% a usam para brincar em sites de desenhos que elas assistem na TV.
Entre as regiões do país que mais usam a web, a centro-oeste aparece na frente com 43%, seguido por sul e sudeste com 40% e 30% respectivamente, além de norte com 12% e nordeste com 13%. A primeira Pesquisa sobre Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação por Crianças no Brasil foi conduzida pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br).
http://www.mundodomarketing.com.br/5,16186,estudo-mostra-relacao-das-criancas-com-aparelhos-tecnologicos.htm

Inovação e design, chaves para seduzir o consumidor do século XXI

 

Por Adrián Pierini*

A realidade muda dia a dia, os gostos se diversificam e o ponto de vista sobre tudo aquilo que o homem deseja evoluciona. Fatores culturais, sociais e, porque não, contextos econômicos flutuantes afetaram sensivelmente e, desde sempre, a percepção dos consumidores sobre o que precisam ou sobre o que acham que precisam. De fato, a percepção sobre os objetos não podem ser separados da história transcorrida e do contexto no qual se movimenta. O ontem e o hoje se conjugam para estabelecer os parâmetros de valorização e de preferência.

O século XXI recebe um consumidor muito particular. É uma estranha mistura de ser exigente, esperando uma novidade, auto complacente, egocêntrico, sensível e desejoso de poder projetar através dos seus pertences, a maneira de entender a vida mesma. Muitos aspectos desta combinação genealógica não nós deveria surpreender, já que desde o começo dos tempos a humanidade utilizou os objetos como portadores de sentidos e por mais que poderíamos afirmar que essas mesmas características continuam no século XXI, basta observar a realidade circundante para poder conjecturar que vai se consolidando um forte perfil orientado ao consumo externo que, na minha opinião, não é mais que a manifestação mais clara do desejo do homem de reafirmar a sua posição no mundo: “Eu sou esta imagem que vocês vêem. Minha roupa, meus óculos, meu carro e até meu perfume contará tudo sobre mim”.

Esta forma de expressar-se dos consumidores do novo século surge paradoxalmente em uma época de grandes avances tecnológicos, tanto comunicativamente como em gerir informação. Um mundo que se anuncia cada vez mais integrado, na verdade é vítima de um forte isolamento social, reduzindo o contato entre o homem e o universo circundante da língua visual, priorizando o intangível sobre “o presencial ou tangível”. Contudo, toda esta introdução sobre a conduta consumista e de aparência que caracteriza ao homem atual tenta dar um framework que permita entender o porque das novas estratégias comerciais corporativas.

O que antes era uma função hoje é uma ilusão, o que no século passado era decoração hoje é uma manifestação concreta da realidade social; os objetos passaram de ser o meio através do qual as pessoas se comunicam, à transformar-se na comunicação em si mesma. As empresas  transformaram a sua visão sobre o mercado, entenderam este novo contexto macro econômico e puseram no desenho um dos principais pontos de ataque. A imagem agora é protagonista na nova geração de consumidores, por isso não é estranho que a estética alcance um lugar inestimável na hora de estimular o consumo. Dentro desta insinuante realidade, tentarei estabelecer algumas chaves básicas sobre o que pareceria ser a tendência à que apontam os novos produtos.

1-Algo novo, e original, duas vezes bom
O novo século coloca a inovação dentro dos seus pilares principais, a busca de originalidade e de novos caminhos que permitam redescobrir o que já existe, e a capacidade de dar uma resposta à um consumidor ávido de novidade devem ser premissas básicas no plano de todo lançamento.

2-A exploração da parte emocional brinda sentido ao óbvio
Os produtos sob o lema de inovação são redescobertos e expostos através do seu lado sensorial. É curioso, mas neste novo século o desenho de uma embalagem deve lograr o equilíbrio justo entre a eficiência necessária para tornar a proposta crível e o valor emotivo que produzirá o impulso de compra. O novo consumidor não se conformará com um bom sabor ou com a limpeza mais profunda si isso não é prometido, como um pack, um mundo de sensações por descobrir ou a felicidade instantânea em cada bocado.

3- O produto tem que chegar aos sentidos, mas também deve servir para estabelecer um vínculo com o meu entorno
Status, nível cultural, nível econômico, gostos. O desenho deve falar do consumidor e estabelecer desde o visual aqueles aspectos positivos que o definirão como um ser especial frente aos demais. A embalagem será uma arma de sedução até depois de cumprir seu papel primário de venta.

4- A especificidade como sinônimo de evolução, raciocínio e eficácia
O consumidor da nova era se movimenta em um entorno de alta tecnologia. Mesmo sabendo que não sempre acede a ela, poder alcançá-la e desfruta tanto da sua aparência como do seu uso. Os produtos devem tomar esta mensagem e pouco a pouco ir clarificando a sua oferta, buscando um lugar preciso no mercado que possa substituir os valores genéricos pelos atributos bem definidos. A especificidade é vista pelo target como portadora de especialidade, vanguarda, e alta eficácia (tecnologia), o que será maior qualidade e preferência.

5- O preço extra é preferido quando o beneficio é extra
O mercado pouco a pouco vai priorizando a qualidade sob o preço. Muitos produtos atuam como indulgências (reconhecimentos merecidos frente ao sacrifício cotidiano) ou como indicador de nível socioeconômico frente aos meus iguais. Pelo que é importante prestar atenção especial em tudo que “vestirá” no produto. Uma embalagem atrativa e um desenho correto e impactante somarão valor à oferta.

6- A globalidade da mensagem vai potenciar as opções de venta
O novo século se caracteriza pela consolidação do “conceito global”. Cada vez há mais estratégias que consideram ao mundo como objetivo final. Impulsionar os novos desenvolvimentos a partir de uma visão abrangente permitirá aumentar a capacidade de oferta e maximização do sucesso comercial. A qualidade de desenho, o tom da mensagem e da originalidade da proposta será determinante para poder conquistar os mercados internacionais.

Estas seis chaves são somente algumas das considerações que todo lançamento que pretenda ter sucesso deverá implementar; realizá-lo lhe permitirá estar de acordo com as tendências de consumo do novo século e se preparar para as futuras mudanças importantes. A capacidade crescente e a velocidade de decodificação do target e os avanços tecnológicos na produção, embalado, e embalagem anunciam um futuro ainda mais surpreendente. 

A decisão de cada empresa em relação à esta nova realidade será determinante para sua subsistência no novo cenário mundial. A sua capacidade para compreender que as estratégias comerciais tradicionais são obsoletas e observar que a inovação e o desenho estão se transformando nos principais impulsores do crescimento do século XXI, marcarão a diferença entre convertesse em vanguardista ou concluir submergidas no estancamento.

* Adrián Pierini é Designer gráfico plaa Universidade de Buenos Aires (UBA) e diretor geral criativo da Pierini Partners. É autor de livro “Designers Go!”.
http://www.mundodomarketing.com.br/16146,artigos,inovacao-e-design-chaves-para-seduzir-o-consumidor-do-seculo-xxi.htm

domingo, 10 de outubro de 2010

A era do Marketing eficiente (por Philip Kotler)



Algumas das perguntas mais comuns entre profissionais, estudantes e teóricos do marketing são: o que de fato mudou em nossa prática com a verdadeira revolução tecnológica e na maneira de fazer negócios que experimentamos na última década? Existe um marketing velho e outro novo? Quais as diferenças entre eles? De fato, essas diferenças existem. O velho marketing tratava exclusivamente de vender coisas e de tentar descobrir porque uma empresa perdia velhos clientes. A oferta de produtos e serviços era padrão. Gastava-se muito em propaganda, fazendo crescer os custos e, conseqüentemente, os preços. Paradoxalmente, pensava-se exclusivamente no cliente, buscando identificar e atender suas necessidades, enquanto os canais de venda, os revendedores, eram vistos quase como inimigos. Na nova orientação do marketing, as vendas e o suporte a clientes funcionam de forma integrada. Afinal, ambos estão preocupados com o cliente e devem atuar como parceiros. A meta é fazer crescer o customer share. É preciso direcionar tempo e esforço para descobrir quais são os valores de vida do seu cliente e ajudá-lo a perceber o que pode comprar de você. O relacionamento com o cliente ganha importância cada vez maior. É tarefa do marketing construir e identificar a percepção de valor que o cliente tem. E o preço é um componente diretamente associado a essa percepção. Se o consumidor deseja trocar de carro a cada três anos, é importante saber quais os valores e conceitos que ele mais valoriza em um automóvel para oferecer o modelo ideal, na hora certa e dentro das condições de pagamento consideradas ideais. A chegada do e-commerce veio acelerar e aprofundar ainda mais este processo. Hoje, as empresas dispõem de várias fontes, além do formulário preenchido na hora da compra, para obter informações sobre o perfil e a vida do consumidor, seja ele um indivíduo ou uma empresa. Essa nova forma de fazer negócios trouxe algumas mudanças profundas e talvez irreversíveis. Uma delas é a desintermediação. Tipos de empreendimento como agências de viagem ou consultores para aplicações financeiras correm o risco de desaparecer, uma vez que os serviços por eles oferecidos podem ser encontrados gratuitamente na internet. Mais recentemente, vários portais passaram a oferecer o serviço de assistente de compras, ou seja, basta digitar o produto que se deseja adquirir e o programa realiza uma busca na rede para identificar em quais sites está disponível, apontando o melhor preço ou prazo de entrega. Mas, o que na prática isso muda para o cliente e qual relação tem com a nova orientação do marketing? É que este fenômeno está fazendo com que as margens de lucro de qualquer mercado caiam assustadoramente. As pessoas são cada vez mais capazes de enxergar as diferenças no preço, que se tornou mais transparente. O mesmo produto pode ser três vezes mais caro na Inglaterra que na Itália e o próprio surgimento do euro ajudou a identificar essas discrepâncias. Em outras palavras, a era digital está nos obrigando a entrar na era do marketing eficiente. O problema é que nós, profissionais da área, odiamos isso. Afinal, o marketing sempre foi a arte de fazer com que o consumidor não prestasse atenção no preço. É preciso mudar a maneira de encarar os desafios. Caso contrário, tanto o profissional de marketing quanto a empresa correm o risco de tornarem-se obsoletos e desaparecerem como as empresas condenadas pela desintermediação e pelos avanços tecnológicos. * Philip Kotler, doutor em Economia pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) e em Matemática pela Harvard University é considerado a maior autoridade mundial em marketing da atualidade. Autor dos best-sellers "Administração de Marketing" (Pearson Makron Books) e "Marketing para o Século XXI" (Futura), é membro do conselho editorial da HSM Management.